Eis o malandro na praça outra vez...
Talvez a obra mais emblemática da carreira de Chico Buarque, a "Ópera do Malandro" já pode ser considerada um clássico do teatro musical brasileiro. Quase quatro décadas após a estreia original (1978), o malandro – como diz uma das célebres canções – surgiu na praça outra vez em uma nova montagem, com direção de João Falcão.
A atual versão tem elenco basicamente masculino, com uma única atriz, Larissa Luz. O cantor Moyseis Marques faz Max Overseas e o grupo de atores que se formou em "Gonzagão – A Lenda" se reencontra em cena para dar continuidade à pesquisa sobre musicais brasileiros e à parceria com João Falcão.
Inspirado em "A Ópera do Mendigo" (1728), de John Gay, e em "A Ópera dos Três Vinténs" (1928), de Bertolt Brecht e Kurt Weill, o musical conta a história do contrabandista Max, que casa em segredo com Teresinha, filha de Duran, poderoso dono de bordéis e cabarés da Lapa dos anos 40.
Com produção da Sarau Agência de Cultura Brasileira, a "Ópera do Malandro" teve sua pré-estreia de gala no Theatro Municipal do Rio de Janeiro dias 17, 18, 19 e 20 de julho e estreou no Theatro Net Rio dia 7 de agosto de 2014.
"Chico foi a figura artística que mais me influenciou. A "Ópera" é um mito, um desafio imenso para o diretor, ao lidar com canções eternas da música popular brasileira e com um texto que marcou época", conta João, que já assinou a dramaturgia – com Adriana Falcão – e a direção de "Cambaio", cuja trilha foi especialmente composta por Chico e Edu Lobo em 2001.
Para esta nova montagem, João pinçou músicas do espetáculo original e também do álbum "Malandro", de Chico, e do filme homônimo, dirigido por Ruy Guerra em 1985. No roteiro, as clássicas "Folhetim", "Teresinha", "O Meu Amor", "Geni e o Zepelim" e "Pedaço de Mim" se misturam a canções menos conhecidas do cancioneiro buarqueano, como "Sentimental", "Hino da Repressão" e "Uma Canção Desnaturada".
"Óperas ganharam fôlego fora do teatro, se tornaram tão conhecidas que muitos nem sabem que foram feitas para o palco", admira João, que convocou Beto Lemos para a direção musical e criação dos arranjos do projeto.
De Luiz Gonzaga a Chico Buarque
Ainda que bastante fiel ao texto, a concepção de João para o musical é original, ao convocar homens para todas as personagens femininas da peça. Já Larissa Luz, única mulher do elenco, vive João Alegre, uma espécie de narrador e comentarista da trama.
"Colocar atores para interpretar mulheres vem ao encontro de uma tradição teatral secular e também com uma antiga pesquisa minha", explica João, responsável por "inverter os gêneros" em outros trabalhos, como a série "Sexo Frágil" (TV Globo) e em peças como "Mamãe Não Pode Saber" e "Gonzagão – A Lenda".
Foi justamente o elenco deste musical inspirado na trajetória de Luiz Gonzaga que motivou João a trabalhar com a ‘Ópera’. Depois de uma extensa turnê nacional e com mais de cem mil espectadores, o grupo que se formou – elenco, produção e direção – quis dar continuidade com o trabalho e agora repete a parceria.
Classificação: 14 Anos.
Meia Entrada: Assinantes do Diário de Parnambuco e assinantes do Jornal do Commercio (Na compra de até 02 ingressos), Estudantes, Professores e Idosos à partir de 60 anos.
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Ponto de Venda Sem Taxa de Conveniência:
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AV. PROFESSOR ANDRADE BEZERRA, 0 - SALGADINHO,Olinda/PE
Horário de Funcionamento: De Segunda a Sabado: Das 09h00 às 17h00.
Lotação: 2.378 lugares.
Fonte: ingressorapido.com.br
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