Hoje o frevo faz parte da cultura brasileira e é marco do carnaval pernambucano, especialmente em Olinda e Recife. É impossível ir a um carnaval em Pernambuco e não se apaixonar pelo ritmo.
Hoje comemoramos o Dia do Frevo! O frevo é um ritmo próprio do Pernambuco, sendo considerado uma das maiores manifestações culturais do Estado. Sua denominação faz referência à fervura e, na imprensa, foi utilizada pela primeira vez em 1908.
A data foi escolhida porque há 108 anos o jornalista Oswaldo Oliveira, que trabalhava no Jornal Pequeno, do Recife, se referiu pela primeira vez à dança chamando-a de frevo.
Segundo historiadores, a palavra frevo quer dizer ferver. E resultou da maneira incorreta como as pessoas mais humildes flexionavam o verbo ferver trocando a ordem das letras “e” e “r”, ou seja frever.
A dança mistura marcha, maxixe e, no seu princípio, capoeiristas dançavam a frente dos desfiles para proteger os músicos do povo e abrir passagem. Pode-se afirmar que o frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval. A coreografia é composta pelo rápido movimento de pernas que se dobram e estiram. Surgiu no Recife no final do século dezenove para dar ao povo mais animação nos folguedos de carnaval. O ritmo é extremamente acelerado e a música animada. Nas suas origens, sofreu várias influências ao longo do tempo.
Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade
Em cerimônia realizada na cidade de Paris, França, no ano de 2012, a UNESCO anuncia que, aprovado com unanimidade pelos votantes, o frevo foi eleito Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Apesar de Pernambuco comemorar hoje o Dia do Frevo, um decreto assinado pelo então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2009, instituiu o Dia Nacional do Frevo em 14 de setembro.
Os novos intérpretes do Frevo de Pernambuco
No Galo da Madrugada os foliões também têm a oportunidade de conhecer novos intérpretes de Frevo de Pernambuco como: SpokFrevo Orquestra, Alceu Valença, Claudionor Germano, Gustavo Travassos, Almir Rouche, Nena Queiroga, André Rio, entre muitos outros que fazem a voz do frevo contemporâneo acontecer nas Ruas do Recife.
Tipos de frevo
Na década de 1930, surge a divisão do frevo em três tipos:
- Frevo-de-rua
- Frevo-canção
- Frevo-de-bloco
Frevo-de-Rua
Primeiro gênero a surgir, diferencia-se dos outros por não conter letra alguma, pois é destinado exclusivamente para ser dançado. Ele ainda pode ter três subdivisões: frevo-abafo, ou de encontro, que levou esse nome porque é tocado quando uma troça ou agremiação quer “abafar” alguma outra que esteja passando na rua. Tem predominância dos instrumentos metálicos, como pistões e trombones. Já o frevo-coqueiro possui notas altas e agudas. O frevo-ventania é o mais suave dos três.
Frevo-canção
Por conta desse estilo, o frevo-de-rua passou a incorporar melodias às suas músicas. Chamado também de marcha-canção, por assemelhar-se muito às marchinhas cariocas, o frevo-canção possui uma parte introdutória e outra cantada. Elementos do frevo, como o surdo e o tarol, lhe foram logo incorporados, diferenciando-o das marchinhas. Um artista emblemático do frevo-canção é Nelson Ferreira, com criações belíssimas, como “Borboleta não é ave”.
Frevo-de-bloco
Criado pelos rapazes que faziam serenatas e, no carnaval, saiam para as ruas, o frevo-de-bloco surgiu a partir de 1915 e é formado por famílias pertencentes às classe média de Recife. Sua música e dança têm traços marcantes dos pastoris e sua orquestra é composta por instrumentos de pau e corda, como violões, banjos e cavaquinhos. Além de terem sido incorporados recentemente clarinetes e coral de mulheres. É no frevo-de-bloco que existe a Frevioca. Diferentemente dos trios elétricos, a Frevioca é um carro aberto, que comporta todos os músicos e percorre as ruas de Recife seguido por foliões.
A importância do Galo da Madrugada na preservação do frevo
O Galo da Madrugada é um bloco carnavalesco que preserva as tradições locais. Eles tocam ritmos pernambucanos e desfilam sem cordões de isolamento. O desfile do galo da madrugada é um dos momentos para se ouvir e se dançar frevo no carnaval.
Fontes: ebc.com.br/wikipédia/revistadehistoria.com.br.
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