Conceitos Básicos da Codificação dos símbolos musicais
Partitura não é música!
A
Partitura é uma série de sinais que representam música. Para um músico
profissional, os sinais representam a música na prática, na mente do
músico ele é capaz de imaginar os sons, somente pelos símbolos.
Interpretar
os sinais é importante para se fazer música, porém os símbolos não são
suficientes para se representar tudo que um compositor imagina numa
peça.
Os neumas
Escrita antiga antes do pentagrama
Pauta ou pentagrama: Definição
Pauta é o nome do conjunto de linhas utilizado para escrever as notas musicais de uma partitura, no sistema ocidental de notação musical. Atualmente a pauta contém 5 linhas e por isso também é chamada às vezes de pentagrama.
Um pouco de história
As pautas surgiram na idade média. Foram aperfeiçoadas por Guido D'Arezzo (por volta de 1.100 d.C.) para representar as alturas das notas musicais, suas durações e no ensinamento musical. As primeiras pautas tinham uma única linha e eram colocadas sobre a letra da canção. A altura era representada pela distância das notas em relação à linha. Como isso não era muito preciso, o sistema evoluiu gradativamente para uma pauta de quatro linhas, chamada de tetragrama.
Surge o pentagrama
No século XV, uma quinta linha foi adicionada e esta configuração é utilizada até hoje.
Os símbolos das notas podem ser escritos sobre cada uma das cinco linhas ou dentro dos quatro espaços da pauta. A altura das notas depende desta posição.
Se precisarmos representar notas mais graves ou agudas do que as nove notas representáveis nas linha ou espaços do pentagrama, utilizam-se linhas e espaços suplementares abaixo ou acima da pauta:
Clave de sol
A Clave de sol juntamente com a clave de fá na quarta linha é a mais utilizada na música atual. Com a posição mostrada na figura, a nota Sol-3 ocupa a segunda linha de baixo para cima, indicada pelo início do desenho (ponta da linha curva). Em algumas partituras antigas ou para fins de estudo, principalmente na França esta clave também pode ocupar a primeira linha, permitindo representar uma tessitura ligeiramente mais aguda.
Quando esta clave está na segunda linha, o dó central do piano ocupará a primeira linha suplementar inferior. Por esta razão, esta clave é utilizada para representar a mão direita em instrumentos de teclado. Utilizam esta clave, a maior parte dos instrumentos de madeira (flautas, clarinete, oboé), os metais mais agudos (trompete, trompa, flugelhorn), bem como o violino, o violão e alguns instrumentos de percussão obedientes à série harmônica. As vozes mais agudas (Soprano e Contralto e tenor) também são normalmente escritas em clave de sol.
Clave de Fá
Nesta clave, a linha de referência é indicada pelos dois pontos e assume a nota Fá-2. A posição mais frequente é a quarta linha. Com esta configuração, a nota Dó-3 do central do piano ocupa a primeira linha suplementar superior. Por esta razão, costuma-se dizer que a clave de fá começa onde a de sol termina.
Esta clave é utilizada na escrita da mão esquerda dos instrumentos de teclado, instrumentos de registro grave, como o violoncelo, o contrabaixo, o fagote e o trombone, bem como as vozes mais graves (barítono e baixo).
Também é possível escrever a clave de fá na terceira linha, possibilitando um registro ligeiramente mais agudo. No passado esta clave era utilizada para o barítono, mas seu uso na música atual é raro.
Clave de Do
A nota Dó-3 é indicada pelo centro da figura (o encontro entre os duas letra C invertidos). Originalmente a clave de dó foi criada para representar as vozes humanas. Cada voz era escrita com a clave de dó em uma das linhas. O alto era representado com a clave na terceira linha, o tenor na quarta linha e o mezzo-soprano era representado com a clave de Dó na segunda linha. Este uso se tornou cada vez menos frequente e esta clave foi substituída pelas de sol para as vozes mais agudas e a de fá para as mais graves. Hoje em dia, a posição mais frequente é a mostrada na figura, com o dó na terceira linha, representando uma tessitura média, exatamente entre as de sol e fá.
Um dos únicos instrumentos a utilizar esta clave na sua escrita normal é a viola. Esta clave também pode aparecer ocasionalmente em passagens mais agudas do trombone. Seu uso vocal ainda é utilizado quando são utilizadas partituras antigas.
Clave de percussão
Esta clave não tem o mesmo uso das demais. Sua utilização não permite determinar a altura das linhas e espaços da pauta. Serve apenas para indicar que a clave será utilizada para representar instrumentos de percussão de altura não determinada, como uma bateria, um tambor ou um conjunto de congas. Neste caso as notas são posicionadas arbitrariamente na pauta, indicando apenas as alturas relativas. Por exemplo em uma bateria, o bumbo pode ser representado na primeira linha por ser o tambor mais grave e um chimbal pode estar em uma das linhas mais altas por se tratar de instrumento mais agudo.
Os instrumentos de percussão afináveis utilizam notação com as claves melódicas. Os tímpanos por exemplo são escritos na clave de fá.
Esta clave não tem o mesmo uso das demais. Sua utilização não permite determinar a altura das linhas e espaços da pauta. Serve apenas para indicar que a clave será utilizada para representar instrumentos de percussão de altura não determinada, como uma bateria, um tambor ou um conjunto de congas. Neste caso as notas são posicionadas arbitrariamente na pauta, indicando apenas as alturas relativas. Por exemplo em uma bateria, o bumbo pode ser representado na primeira linha por ser o tambor mais grave e um chimbal pode estar em uma das linhas mais altas por se tratar de instrumento mais agudo.
Os instrumentos de percussão afináveis utilizam notação com as claves melódicas. Os tímpanos por exemplo são escritos na clave de fá.
Os Nomes das Notas
Os nomes que conhecemos hoje: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si, baseando-se em um texto sagrado em latim, cantado pelas crianças do coral para que São João os protegesse da rouquidão:
• Utqueant laxis
• Resonare fibris
• Mira gestorum
• Famuli tuorum
• Solve polluti
• Labi reatum
• Sancte Ioannes
Que significa:
"Para que nós, teus servos,
possamos elogiar claramente
o milagre e a força dos teus atos,
absolve nossos lábios impuros, São João"
Aparece as notas Dó e Si
O sistema de Guido d'Arezzo sofreu algumas pequenas transformações no decorrer do tempo: a nota Ut passou a ser chamada de Dó, derivando de Dominus (Senhor, em latim) e a nota San passou a ser chamada de si (por serem as inicias em latim de São João: Sancte Ioannes), enquanto que a pauta ganhou linhas e espaços a mais, embora sua essência continue a mesma.
As notas no pentagrama
Observe as notas no pentagrama e decore, é o único caminho!!
Escreva várias vezes, copie escrevendo as notas, use esta referência como um manual, pois, sempre será este nome!!!
Figuras de notas musicais
Valores ou figuras musicais são símbolos que representam o tempo de duração das notas musicais. São também chamados de valores positivos.
E foram feitas por ordem decrescente de duração. Elas são: semibreve, mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa. A duração real (medida em segundos) de uma nota depende da fórmula de compasso e do andamento utilizado. Isso significa que a mesma nota pode ser executada com duração diferente em peças diferentes ou mesmo dentro da mesma música, caso haja uma mudança de andamento.
E foram feitas por ordem decrescente de duração. Elas são: semibreve, mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa. A duração real (medida em segundos) de uma nota depende da fórmula de compasso e do andamento utilizado. Isso significa que a mesma nota pode ser executada com duração diferente em peças diferentes ou mesmo dentro da mesma música, caso haja uma mudança de andamento.
Os tipos de Figuras
Essas figuras representam notas a serem tocadas e/ou cantadas.
Cada nota tem metade da duração da anterior. Se pretendermos representar uma nota de um tempo e meio (por exemplo, o tempo de uma mínima acrescentado ao de uma colcheia) usa-se um ponto a seguir à nota.
A representação das pausas
Pausas - representam o silêncio, isto é, o tempo em que o instrumento não produz som nenhum, sendo chamados de valores negativos. As pausas se subdividem também como as notas em termos de duração. Cada pausa dura o mesmo tempo relativo que sua nota correspondente, ou seja, a pausa mais longa corresponde exatamente à duração de uma semibreve. A correspondência é feita na seguinte ordem:
Definição de compasso
• Na notação musical, um compasso é uma forma de dividir quantizadamente em grupos os sons de uma composição musical, com base em pulsos e repousos. Muitos estilos musicais tradicionais já presumem um determinado compasso, a valsa, por exemplo, tem o compasso 3/4 e o rock tipicamente usa os compassos 4/4 ou 12/8.
• Os compassos facilitam a execução musical, ao definir a unidade de tempo, o pulso e o ritmo da composição ou de partes dela. Os compassos são divididos na partitura a partir de linhas verticais desenhadas sobre a pauta. A soma dos valores temporais das notas e pausas dentro de um compasso deve ser igual à duração definida pela fórmula de compasso.
A fórmula de compasso é escrita no início da composição ou de cada uma de suas seções e quando ocorre mudança de fórmula durante a música (nesse caso esta mudança é escrita diretamente no compasso que tem a nova duração).
Certas composições podem ter uma estrutura rítmica que alterna fórmulas de compasso de uma forma sempre igual. Neste caso, todas as fórmulas podem ser indicadas no início da partitura ou da seção correspondente.
A escolha da fórmula de compasso permite determinar uma pulsação à música. Cada pulsação, ou tempo, tem a mesma duração. Geralmente o primeiro tempo de um compasso é tocado de forma mais forte ou mais acentuada. Em alguns tipos de compasso, existe ainda um tempo com intensidade intermediária. Esta alternância de pulsos fortes e fracos cria uma sensação de repetição ou circularidade. Existem composições que não apresentam ritmo perceptível, chamadas composições com tempo livre. Para estas não é necessário utilizar fórmulas ou linhas de compasso na partitura.
Fórmula de Compasso Simples
Imagine você sair num dia de chuva com um fusca ano 63, pneu careca, motor de arranque falhando, carburador vazando gasolina, e uma série de problemas de ordem mecânica. O que se espera de uma carro assim? Haver um acidente da hora que sair, não é mesmo? Então chamaremos isto, de um Acidente fixo.
Agora imagine sair no mesmo dia com uma carro importado, O km rodados, no plástico, totalmente novos e uso. O que se espera deste carro? Não acontecer nada, mas acontece um problema não esperado, chamaremos esta situação de Acidente ocorrente.
Em música temos os acidentes
Agora imagine sair no mesmo dia com uma carro importado, O km rodados, no plástico, totalmente novos e uso. O que se espera deste carro? Não acontecer nada, mas acontece um problema não esperado, chamaremos esta situação de Acidente ocorrente.
Os acidentes em música são:
Expressão, em música, é o conjunto de todas as características de uma composição musical que podem variar de acordo com a interpretação. Em geral, a expressão engloba variações de andamento (cinética musical) e de intensidade (dinâmica musical), bem como a forma com que as notas são tocadas individualmente (acentuação - staccatto, tenuto, legato) ou em conjunto (articulação ou fraseado). Em geral, o compositor da obra musical fornece na partitura todas as indicações da execução esperada, mas dois intérpretes nunca executarão a música da mesma forma. Mesmo entre duas execuções pelo mesmo intérprete, podem ocorrer pequenas variações. Essas variações não são falhas; ao contrário, são esperadas, e é a expressão que diferencia uma execução mecânica, excessivamente precisa, de uma boa interpretação, que consegue transmitir as emoções planejadas pelo compositor e também as do próprio intérprete.
Marcas de expressão na partitura
Na notação musical existe um conjunto de indicações de expressão que, combinadas, permitem ao intérprete conhecer a intenção do compositor ao criar determinada peça musical. Obviamente, o intérprete pode ignorar essas indicações e executar a música de outra forma, mas as marcas são bastante úteis quando se deseja conseguir a interpretação mais próxima do original. Geralmente, as indicações de expressão são utilizadas junto à indicação de andamento no início da composição, do movimento ou de uma seção, e fornecem uma indicação genérica do clima que deve dominar a execução. Essas indicações são apresentadas frequentemente junto à indicação de andamento, mas também podem ocorrer isoladamente. Como a maior parte dos termos da notação musical, as marcas de expressão são grafadas em italiano.
Termos comuns de expressão
Observação
Em alguns casos, o andamento pode ser omitido e a expressão será usada com o andamento mais freqüente. Por exemplo, vivace pode ser usado em vez de allegro vivace; ou maestoso, em vez de andante maestoso.
Todas essas expressões podem ser reforçadas ou abrandadas pelas seguintes marcas:
- Molto - muito (ex.: allegro molto cantabile - rápido muito cantado)
- Assai - muito (ex.: allegro assai - muito rápido) Poco - um pouco (ex.: allegro poco agitato - rápido, um pouco agitado)
- ma non troppo - mas não muito - em geral se usa com allegro: rápido, mas não muito.
Outros termos
- Accelerando ou, abreviadamente, accel. - acelera o andamento. A música se torna gradativamente mais rápida ao longo dessa marca (em geral, a duração da alteração é indicada por uma chave ou por uma seqüência de pontos sob a pauta (accel. . . . . . .). Ao final, pode ser estabelecido um novo andamento (por exemplo, de andante pode acelerar até allegro e permanecer no novo andamento).
- Ritardando ou rallentando - diminui o andamento. A música se torna gradativamente mais lenta ao longo dessa marca (em geral, a duração da alteração é indicada por uma chave ou por uma seqüência de pontos sob a pauta (rall. . . . . . .). Ao final, pode ser estabelecido um novo andamento (por exemplo, de allegro pode ralentar até andante).
- A tempo ou Tempo primo - o andamento volta ao pulso inicial da música ou movimento.
- Tempo rubatto - literalmente, tempo roubado. A música é executada com pequenas variações de andamento ao longo do fraseado. O intérprete escolhe a extensão da variação de acordo com o efeito desejado.
Dinâmica musical
Dinâmica é a variação de intensidade sonora, ou volume, ao longo da música. Em conjunto com as marcas de expressão inicial e com as variações de andamento, pode fornecer grande expressividade à música. Por exemplo, na abertura da ópera Guilherme Tell, de Rossini, a canção se inicia lenta e doce. Um tema pastoril é tocado em baixa intensidade. Aos poucos cresce e acelera, tornando-se cada vez mais agitada e forte.
Esse efeito é usado para simular a chegada de uma tempestade, que após o seu clímax, tocado em fortíssimo e em andamento acelerado, volta a diminuir até tornar-se calmo e leve como o tema do início. "Depois da tempestade a bonança retorna". Sem a variação do andamento e a dinâmica, seria impossível transmitir essa imagem.
As figuras de dinâmica
Um crescimento gradual do volume. Essa marca pode ser estendida ao longo de muitas notas para indicar que o volume cresce gradualmente ao longo da frase musical.
• Diminuendo
Uma diminuição gradual do volume. Pode ser estendida como o crescendo.
• ppp - molto pianissimo – muito suavíssimo
• pp - pianissimo – suavíssimo
• p - piano - suave
• fp - mezzo - forte - meio forte
• f - forte - forte
• ff - fortissimo - fortíssimo
• fff - molto fortissimo - muito fortíssimo
Articulação e acentuação
Analisando e percebendo os termos na partitura
Ler partitura é um mundo de conhecimentos, são muitas informações a serem codificadas, e precisa de constante estudo e visualização, precisa olhar, pesquisar, e observar.
Este é somente o início do pensar musical, sei, não é fácil, mas, você consegue, é uma tarefa longa e prazerosa, que ao final você estará sabendo cada vez mais estes sinais!
Além de tudo precisa tocar ou cantar, sempre!
Apresentação do Prof. Denis Nogueira
Fonte: trechos http://pt.wikipedia.org/wiki/Nota
Me ajudou muito. Grata.
ResponderExcluirajudou bastante!
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